Entenda o que é diástase e por que grávidas são tão vulneráveis ao problema

Causada principalmente por falta de exercício físico, separação entre músculos abdominais ficou mais conhecida após cantora Sandy confessar sua luta para que a barriga volte ao normal

A cantora Sandy contou recentemente em entrevista à jornalista Fernanda Gentil, da TV Globo, que sofreu com diástase na gravidez do primeiro filho Theo, hoje com um ano. Ela disse ainda que luta para que sua barriga volte ao normal. Mas, afinal, o que é a diástase?

O nome oficial desta complicação é diástase de reto abdominal e, como explica a ginecologista e obstetra do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim, Mariana Halla: “É uma separação dos músculos retoabdominais na linha média entre eles”. Quando o espaçamento entre os músculos é maior do que três centímetros, passa a ser mais visível e se configura a diástase.

Geralmente, acontece durante a gestação, principalmente em mulheres que têm os músculos da região abdominal mais enfraquecidos. O problema atinge cerca de 10% das mulheres em primeira gravidez. Esse percentual aumenta na segunda ou demais gestações: 20% das mulheres podem sofrer com o problema, segundo Mariana.

A principal causa da diástase na gestação é o ganho de peso excessivo, sem exercícios físicos, mas outros fatores também favorecem o acontecimento desta separação, segundo Luiz Fernando Leite, obstetra do Hospital e Maternidade Santa Joana: “Gestação de gêmeos, mulheres com várias gestações ou quando o bebê é muito grande e a mãe miúda, o que acredito ter sido o caso da Sandy”.

A diástase não é exclusiva de gestantes: “Pode acontecer com quem engorda muito, ou se é gordinho e emagrece rápido, sem fortalecer o abdômen”, conta Luiz Fernando, que destaca que um alvo comum da diástase são as pessoas que sofrem com o “efeito sanfona”, ou seja, que engordam e emagrecem repetidas vezes.

Consequências

“Além de ter a complicação estética, ocorre um enfraquecimento dos músculos responsáveis pela postura”, relata Mariana sobre a diástase. O enfraquecimento deste conjunto de músculos também pode originar problemas urinários e na defecação.

Luiz Fernando alerta que outra consequência de uma diástase não tratada pode ser hérnia, na maior parte das vezes, na região do umbigo.

Por isso, Mariana ressalta: “A principal prevenção é ter o ganho adequado de peso na gestação. Porque o ganho excessivo de peso não faz mal só para mãe, mas para o bebê também”. Para isso, é necessário fazer exercícios físicos antes, durante, e depois da gravidez, de acordo com a orientação médica.

Tratamento

O primeiro tratamento recomendado também é a forma de prevenção: exercícios físicos. “A atividade física deve ser feita com acompanhamento de fisioterapeuta para que os músculos retornem ao seu normal nessa região”, recomenda Mariana. “Exercício sem acompanhamento pode até piorar a diástase”, completa.

Em casos de separação muito grande entre os músculos ou que não se observa melhora após a prática de exercícios especializados é recomendado que se faça uma abdominoplastia, a cirurgia plástica no abdômen. Mas, novamente, a avaliação médica é imprescindível.

Disponível nos sites: 
Delas, Portal IGpor Fernanda Maranha
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