Veja como alimentos antioxidantes podem ajudar no tratamento da endometriose

Causada pela presença do endométrio (camada interna do útero) fora da cavidade uterina, a endometriose é uma doença muito comum entre as mulheres, que pode acometer principalmente ovários, trompas uterinas, intestinos e bexiga. Essa enfermidade não pode ser evitada, mas com uma boa alimentação à base de antioxidantes é possível controlar sua progressão.

Isso porque os alimentos antioxidantes diminuem o efeito dos radicais livres, fornecendo melhores condições para a proteção contra a resposta inflamatória da doença, diminuindo a liberação de prostaglandinas e outros fatores de lesão dos tecidos, os quais pioram os sintomas e os danos ao organismo.

ALIMENTAÇÃO

São exemplos de alimentos antioxidantes: oleaginosas, como castanha-do-Brasil (do Pará), castanha-de-caju, macadâmia e noz pecã; verduras verde-escuras, como couve e espinafre; brássicas, como brócolis e couve-de-bruxelas; ovo caipira, rico em luteína e zeaxantinas; peixes ricos em ômega 3, como salmão e atum; frutas como uva, mirtilo, framboesa e romã; e cereais integrais, como aveia e linhaça.

Estudos recentes mostraram que o resveratrol (polifenol das uvas), assim como o picnogenol (extraído da casca do pinheiro-marítimo da França) atuam como potentes antioxidantes que diminuem a dor e a resposta inflamatória da endometriose.

CORPO EM MOVIMENTO

O controle de peso com atividade física regular e o manejo do estresse são condições que preservam a integridade do organismo como um todo e mantêm a homeostase, o equilíbrio contra o surgimento de doenças de forma geral. Também ajudam o corpo a responder melhor a qualquer afecção.

SINTOMAS DA ENDOMETRIOSE

O principal sintoma da endometriose é a dismenorreia, ou seja, a cólica menstrual, que pode ser muito forte. A ginecologista e obstetra Mariana Halla, especialista em ginecologia endócrina, explica que muitas vezes a doença não é logo identificada. “Muitas mulheres acreditam que essas dores podem ser normais e não procuram ajuda, descobrindo o problema mais tarde, quando ficam incomodadas com as dores durante a relação sexual ou se não conseguem engravidar. Outros sintomas como dores abdominais, alterações urinárias e intestinais podem estar presentes também”, afirma.

COMO SURGE A ENDOMETRIOSE

Ainda segundo a especialista, várias teorias já foram propostas para explicar o surgimento dessa doença, mas a mais aceita é sobre a menstruação retrógrada, quando o sangue menstrual reflui do útero para as trompas e então, na cavidade abdominal, pode acometer qualquer órgão da região. Isso leva a um processo inflamatório local e esses focos de endométrio “menstruam” a cada mês após o estímulo pelo estrogênio, principal hormônio feminino. “Sabemos que existe um componente genético para o aparecimento da doença, mas outros fatores podem estar envolvidos”, explica a ginecologista.

PROCURE EVITAR

Alimentos ricos em gordura saturada (como carne vermelha e peles de frango em excesso), gordura trans (presente em bolachas, margarinas, salgadinhos e sorvetes) e carboidratos refinados (como farinha branca e açúcar refinado). “Esses alimentos são os maiores vilões para a nossa saúde, pois além de piorarem a relação da glicose e insulina, causam uma inflamação no organismo, levando ao desequilíbrio hormonal e a disbiose intestinal [alteração da flora intestinal] e piora da doença”, afirma Mariana.

CUIDADO!

A profissional alerta que fatores externos podem modificar nosso genoma, como xeno-hormônios (presente em plásticos e pesticidas) e outros tóxicos ambientais, como a dioxina, que favorece o surgimento da doença e agrava casos pré-existentes.

Evite aquecer plásticos em micro-ondas ou colocar alimentos ainda quentes nesses recipientes.
Consuma carnes de boa procedência e, se possível, sem hormônios e antibióticos. O álcool e o cigarro são substâncias tóxicas ao organismo que certamente impactam de forma negativa a endometriose.

Disponível no Site Natue Life

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